| Bom dia, investidor, Confira os destaques desta quarta (30): - Super Quarta: Brasil e EUA divulgam decisões a respeito dos juros
- 'Tarifaço': Haddad descarta retaliação aos EUA
- Temporada de Balanços: Santander, Bradesco, Meta e Microsoft
Super Quarta: Brasil e EUA divulgam decisões a respeito dos juros- A chamada "Super Quarta" traz hoje decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, num momento de alta tensão nos mercados. Entre incertezas geopolíticas, tarifas comerciais e inflação resistente, os bancos centrais devem adotar cautela em suas comunicações.
- Nos EUA, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) deve manter a taxa básica americana entre 4,25% e 4,50% ao ano. O presidente Donald Trump está pressionando por cortes, alegando que a inflação está sob controle e que taxas menores ajudariam a compensar os efeitos das novas tarifas comerciais. Porém, o Federal Reserve deve manter uma postura conservadora.
- A inflação no país americano deu sinais de moderação, mas ainda há receios quanto ao impacto das tarifas sobre os preços e à resiliência da economia americana. O comunicado do Fed será analisado em detalhes pelo mercado, em busca de pistas sobre o rumo dos juros nos próximos meses.
- O Banco Central brasileiro deve manter a Selic em 15% ao ano. Apesar de algum alívio nos índices mais amplos de inflação, os núcleos seguem pressionados, o que justifica a continuidade de uma política monetária contracionista.
- A expectativa é de que a Selic permaneça nesse nível até, pelo menos, o início de 2026, com possibilidade de cortes apenas a partir do fim de 2025, dependendo do comportamento da inflação e do cenário externo.
- As novas tarifas impostas pelos EUA trazem incertezas adicionais. Há temor de que o impacto sobre exportações brasileiras tenha efeitos indiretos sobre os preços internos.
'Tarifaço': Haddad descarta retaliação aos EUA- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que retaliar os EUA "não está nos planos" do governo brasileiro. A estratégia, segundo ele, é proteger a economia sem gerar novos custos para o consumidor, evitando uma escalada nas tensões comerciais.
- Haddad aposta que o redirecionamento da produção para o mercado interno pode até reduzir preços domésticos, embora especialistas vejam esse efeito como limitado.
- O vice-presidente Geraldo Alckmin, por sua vez, negou favorecimento a setores como o de aviação e afirmou que os esforços diplomáticos estão focados em reverter ou adiar as tarifas. Até agora, no entanto, as respostas dos EUA têm sido lentas.
- O governo americano estuda isentar alguns produtos não produzidos localmente, como manga, cacau e café, mas sem garantias de que essas isenções beneficiarão automaticamente o Brasil.
- O mercado recebeu com alívio o tom diplomático adotado por Brasília, embora ainda haja expectativa por algum gesto de Donald Trump nas próximas horas, algo considerado improvável até o momento.
Temporada de Balanços: Santander, Bradesco, Meta e Microsoft- A temporada de resultados do 2º trimestre movimenta o dia com números de TIM (TIMS3), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4). Os investidores também aguardam os balanços das gigantes americanas Meta e Microsoft.
- No Brasil, os bancos têm mostrado recuperação com aumento de lucro, controle de inadimplência e avanço na eficiência. Já o setor de telecomunicações segue crescendo, mas enfrenta desafios nos segmentos de serviços tradicionais, como o pré-pago.
- Nos EUA, o foco está nos investimentos em inteligência artificial. A Microsoft se destaca pelo crescimento robusto, enquanto a Meta busca transformar suas apostas em IA em resultados financeiros expressivos.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na terça (29): - Dólar: -0,2%, a R$ 5,568.
- B3 (Ibovespa): 0,45%, aos 132.725,68 pontos.
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