| Quinta-feira, 17/07/2025 | | | |  | | Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou restabelecimento imediato do decreto do governo que aumentou as alíquotas do IOF | Rosinei Coutinho/STF |
| STF valida IOF, e Lula rebate Trump; veja os destaques do mercado | | | | Bom dia, investidor, Confira os destaques desta quinta (17): - IOF: decisão do STF favorece governo, mas risco sacado segue fora
- Trump mira Powell e eleva incertezas no Fed
- Lula fará hoje pronunciamento sobre 'tarifaço' de Trump
IOF: decisão do STF favorece governo, mas risco sacado segue fora- O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o restabelecimento imediato do decreto do governo federal que aumentou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
- A decisão veio após uma tentativa frustrada de conciliação entre o Executivo e o Congresso, que não chegaram a um acordo durante audiência no STF.
- Somente o trecho que tributava as operações conhecidas como "risco sacado" segue suspenso. Segundo Moraes, esse tipo de operação, na qual bancos antecipam recursos para empresas que venderam a prazo, não pode ser equiparado a um empréstimo tradicional, portanto, não se enquadra legalmente como operação de crédito.
- A decisão será levada ao plenário do STF, mas sem data definida devido ao recesso do Judiciário.
Trump mira Powell e eleva incertezas no Fed- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou a parlamentares republicanos que considera demitir Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Embora tenha amenizado o tom em declarações públicas, a fala reforça a tensão entre o Executivo americano e o banco central.
- Trump acusa Powell de prejudicar o crescimento econômico ao manter os juros elevados -- atualmente entre 4,25% e 4,5% ao ano -- e pressiona por cortes mais rápidos. Em manifestações recentes, chegou a chamar o presidente do Fed de "idiota" e "terrível".
- No entanto, especialistas destacam que a possibilidade de demissão é remota, devido à proteção legal da autonomia do Fed. A Suprema Corte dos EUA reforçou recentemente que membros do Federal Reserve só podem ser afastados por justa causa.
- O fato de Trump sinalizar essa possibilidade é suficiente para gerar volatilidade. A percepção de risco político aumenta, assim como a dúvida sobre a continuidade da política monetária independente nos EUA. Isso pode afetar decisões de investimento globalmente, com reflexos nos ativos de risco, no dólar e nos juros futuros.
Lula fará hoje pronunciamento sobre "tarifaço" de Trump - O presidente Lula deve fazer um pronunciamento em rede nacional nesta quinta-feira para comentar as novas tarifas de 50% impostas por Trump a produtos brasileiros. O governo classificou as medidas como "injustificáveis" e motivadas politicamente.Além de críticas públicas, o Brasil formalizou uma carta de protesto aos EUA e afirmou que, caso não haja recuo, irá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e poderá adotar medidas de retaliação comercial.
- O Planalto busca enfatizar que tentou evitar o confronto: desde maio, segundo o Itamaraty, foi enviada uma proposta de negociação que não recebeu resposta. Segundo a diplomacia brasileira, as tarifas têm motivação política, embora tenham sido embasadas na Seção 301 da lei comercial americana, que permite retaliar práticas consideradas desleais. Historicamente, serve como instrumento para aumentar a pressão em negociações. No caso do Brasil, as acusações miram especialmente políticas digitais (como o Pix), propriedade intelectual e desmatamento.
- A escalada da tensão comercial entre os dois países aumenta a percepção de risco para empresas exportadoras, sobretudo dos setores de aço, alumínio e agronegócio. A possibilidade de retaliações comerciais pode afetar o fluxo de comércio e investimentos, pressionando o dólar e pesando sobre ações ligadas à exportação.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na quarta (16): - Dólar: -0,46%, a R$ 5,561.
- B3 (Ibovespa): 0,06%, aos 135.510,98 pontos.
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