Nada justifica a agressividade contra bebês reborn e suas "mamães". Já escrevi aqui em outra oportunidade, mas não custa lembrar. Esse lance todo de bebê reborn é só um hobby. Não tem ninguém realmente acreditando que aqueles bonecos são crianças reais, nem tratando eles assim. Os vídeos que viralizam na internet são atuações, brincadeiras, que faziam um sucesso restrito a uma comunidade, como os fãs de quadrinhos ou os caras que jogam videogame na Twitch de madrugada. Nada demais. Vi com certa preocupação a notícia que um cidadão deu um tabefe numa criança achando que era um bebê reborn - ele pensou que a mãe era uma espertalhona tentando furar a fila preferencial com um boneco. Ainda que fosse, imagina resolver as coisas desse jeito? Que bom que o cara foi preso. A agressividade das redes sociais tem se tornado violência na vida real. A vida em comunidade passa por uma crise sem precedentes. Com os músculos da empatia cada vez mais atrofiados, uma parte relevante da sociedade não consegue mais encarar o diferente. Não é por acaso que tantas pessoas preferem a calma companhia dos bebês reborn. Haja paciência para lidar com tanta gente frustrada. Toda essa situação coloca um peso maior na abordagem de 'Vale Tudo' sobre o tema. Nos capítulos mais recentes, acompanhamos três situações envolvendo o assunto. Primeiro a Aldeíde confundiu um bebê reborn com um real, no que foi prontamente corrigida pela amiga Consuelo. Mas em vez de agressividade, reagiu com ternura. Depois acompanhamos a Aldeíde se informando mais a respeito do tema pela internet. Enquanto o intragável Poliana reclamou do hobby e tratou tudo com desdém, ela defendeu as entusiastas reborn e demonstrou algum interesse em, quem sabe, adquirir uma boneca. E aí na quinta-feira descobrimos que César está planejando auxiliar um cidadão chamado Serjão que possui uma maternidade reborn de bonecos de procedência duvidosa. Tudo indica que o caminho do gatuno se cruzarão com o da Aldeíde, e desse encontro surgirá um simpático bebezão reborn. Ainda que divertida e bem humorada, espero que a presepada em torno do assunto ajude a diminuir o temível preconceito que um mero hobby está sofrendo nesses tempos de extremistas de causa nenhuma, tanto na internet quanto nas filas de estabelecimentos das cidades. Voltamos a qualquer momento com novas informações. |