Dado pode contribuir para início da queda dos juros americanos
Sexta-feira, 06 de junho de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
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Suno Call
Resumo do Editor
No último dia útil da semana, investidores acompanham a divulgação do "payroll" – mais importante indicador de emprego dos Estados Unidos. Conforme vierem os dados do mercado de trabalho americano, o presidente do Fed, Jerome Powell, poderá se mostrar menos cauteloso em relação à redução dos juros da maior economia do mundo. Donald Trump, presidente dos EUA, tem pressionado por cortes das taxas. Investidores acompanham também o desdobramento da retomada das negociações entre Trump e Xi Jinping para um acordo na guerra tarifária. No Brasil, o mercado aguarda o anúncio de opções ao aumento das alíquotas do IOF, que será feito no domingo. Ontem, a S&P Global Ratings reiterou a nota soberana de crédito no Brasil em "BB".
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Castelos e fosso: a relação entre valor e
defesa competitiva
Imagine um castelo majestoso cercado por um fosso largo e imponente. Essa imagem medieval ilustra perfeitamente uma metáfora poderosa no mundo dos investimentos, o fosso econômico. Ele representa as vantagens competitivas que protegem uma empresa da concorrência, ou seja, quanto maior o castelo, mais largo deve ser o fosso.
Empresas como Google, Visa e Copart são exemplos de castelos reluzentes que despertam a cobiça dos concorrentes. Não basta, para elas, um pequeno fosso simbólico. Elas precisam de barreiras robustas, difíceis de transpor, que mantenham sua posição privilegiada no mercado.
Por outro lado, negócios menores, como distribuidores locais, têm castelos mais modestos. Um fosso estreito, mas bem construído, pode ser suficiente para protegê-los, justamente porque o prêmio para conquistá-los é menor. A grande questão é: a empresa tem um fosso suficiente para que a concorrência olhe e pense que não vale o esforço?
Sexta-feira traz 'payroll' americano, desdobramentos de guerra comercial e discussões sobre IOF
A divulgação do "payroll" de maio dos Estados Unidos dará o tom do mercado nesta sexta-feira. Trata-se do principal indicador de emprego americano e, justamente, o que mais baliza a tomada de decisões monetárias pelo Federal Reserve (Fed). Enquanto o presidente do banco central dos EUA vem ressaltando a necessidade de cautela em relação aos juros, Donald Trump, presidente da maior economia global, pressiona por redução das taxas.
Como de costume, dois outros relatórios do mercado de trabalho foram divulgados na semana de publicação do "payroll": o Jolts e o ADP. Ontem, os números de criação de vagas pelo setor privado dos Estados Unidos apontaram 37 mil novos postos de trabalho, ante a expectativa de 144 mil vagas. Se o "payroll" também mostrar desaceleração do mercado de trabalho, aumenta a chance de corte de juros para estimular a economia.
Investidores acompanham também o desdobramento da retomada das negociações entre Trump e Xi Jinping por um acordo na guerra tarifária. Às 8h29, os indicadores futuros americanos subiam: Nasdaq avançava 0,39%; S&P ganhava 0,36%, Dow Jones tinha alta de 0,26%.
No Brasil, o mercado aguarda o anúncio de opções ao aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que será feito no domingo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Uma das possibilidades consideradas é a receita a ser gerada em leilão de áreas do pré-sal ainda não contratadas. É considerado também limitar a expansão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Ontem, a S&P Global Ratings reiterou a nota soberana de crédito no Brasil em "BB". A agência de classificação de risco manteve a perspectiva estável para o país.
Na Europa, às 8h26, as bolsas operavam perto da estabilidade. Assim como esperado, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu, ontem, os juros da Zona do Euro de 2,25% ao ano para 2% ao ano. Foi o oitavo corte desde junho de 2024.
Na Ásia, a maior parte das bolsas fechou o último pregão da semana no azul. Xangai avançou 0,04%, Nikkei subiu 0,50%, e Hang Seng desvalorizou 0,48%. Kospi não operou hoje por conta de um feriado local.
Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro subiu 0,86%, para US$ 98,59.
Às 8h32, o barril de petróleo Brent tinha leve baixa de 0,03%, enquanto o WTI perdia 0,08%.
Dólar cai 1,05%, e Ibovespa recua 0,56%
O dólar à vista caiu 1,05%, ontem, para R$ 5,5855. O Ibovespa recuou 0,56%, para 136.236 pontos.
A escalada das tensões entre o presidente americano e o empresário Elon Musk, fundador da Tesla, contribuiu para a instabilidade do mercado e levou as bolsas americanas a fechar em queda.
Trump e Xi Jinping decidiram retomar as negociações tarifárias. Segundo o presidente americano, a questão das exportações de terras raras foi equacionada.
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