Terça-feira, 01 de Abril de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
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Resumo do Editor
Na véspera da entrada em vigor de tarifas recíprocas de importação pelos Estados Unidos de produtos de todos os países, os mercados operam, majoritariamente, em alta. Às 7h00, Nasdaq ganhava 0,24%, S&P 500 avançava 0,10%, e Dow Jones tinha leve queda de 0,08%. As bolsas europeias operavam no azul. Ontem, o governo dos EUA divulgou relatório de tarifas de importação praticadas por vários países, incluindo o Brasil. Segundo os Estados Unidos, a média das tarifas impostas pelo Brasil sobre importados americanos era de 11,2% em 2023. De acordo com o governo brasileiro, porém, é aplicada tarifa efetiva de 2,7%. Nesta terça-feira, os EUA dão início à divulgação dos dados de emprego previstos para a semana, com a apresentação do relatório Jolts.
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O impacto das redes sociais na capacidade
de concentração
A sociedade contemporânea vive um momento de constante estimulação sensorial. De notificações incessantes no smartphone a vídeos curtos e altamente envolventes, as redes sociais têm moldado significativamente o modo como consumimos informação. Apesar de parecerem inofensivas ou até benéficas em termos de acesso ao conhecimento, essas práticas têm um custo oculto: a perda gradual da habilidade de focar por períodos prolongados.
Estudos recentes indicam que nossa capacidade de concentração está diminuindo progressivamente. Essa tendência, embora exacerbada pela internet e suas plataformas digitais, é um problema mais antigo. Neil Postman, no clássico Amusing Ourselves to Death (1985), analisou como a transição de uma cultura baseada na palavra escrita para uma dominada pela televisão impactou nossa maneira de pensar. Ele argumenta que a televisão tornou a informação mais fragmentada e superficial, reduzindo nossa capacidade de engajamento profundo.
Antes da popularização da TV, o livro era o principal meio de transmissão de conhecimento. Esse formato demandava concentração, permitindo que os leitores seguissem linhas de raciocínio complexas e estruturadas...
Governo dos Estados Unidos divulga relatório de tarifas de importação praticadas por vários países, incluindo Brasil
Na véspera do que o governo americano chama de "Dia da Libertação", em que entrarão em vigor tarifas recíprocas de importação pelos Estados Unidos de produtos de todos os países, os mercados operam, majoritariamente, em alta. O pacote inclui o início da aplicação de taxa de 25% sobre automóveis importados e tem, entre os objetivos, a retomada da produção industrial americana.
Ontem, o governo dos EUA divulgou relatório de tarifas de importação praticadas por vários países, incluindo o Brasil. O documento trata também de barreiras não-tarifárias. A média das tarifas impostas pelo Brasil sobre importados americanos era de 11,2% em 2023. De acordo com o governo brasileiro, porém, é aplicada tarifa efetiva de 2,7%, e a maioria dos produtos tem isenção.
Desde que assumiu o atual mandato de presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma série de sobretaxas a importados, tendo como principais alvos Canadá, México e China. Quando implantadas, as tarifas irão pressionar a inflação da maior economia do mundo e tornar mais desafiador o alcance da meta de 2% ao ano definida pelo Federal Reserve (Fed).
Consequentemente, a pressão de preços dificultará que o banco central americano reduza os juros. Com isso, investidores tendem a ficar menos propensos a apostar em ativos de risco em países emergentes como o Brasil.
Há temor também de que ocorra, nos Estados Unidos, a chamada "estagflação", que é a combinação de desaceleração no crescimento econômico com inflação em alta. Isso afetaria bastante a economia mundial.
Nesta terça-feira, os EUA dão início à divulgação dos dados de emprego previstos para a semana, com a apresentação do relatório Jolts. O ritmo do mercado de trabalho americano também é levado em conta pelo Fed na definição do rumo dos juros dos Estados Unidos. Saem ainda informações sobre atividade industrial e estoques de petróleo.
Às 7h00, Nasdaq ganhava 0,24%, S&P 500 avançava 0,10%, e Dow Jones tinha leve queda de 0,08%.
Às 6h56, as bolsas europeias operavam no azul: CAC 40 (Paris) subia 1,14%, Euro Stoxx 600 ganhava 1,24%, DAX (Frankfurt) avançava 1,57%, e FTSE 100 (Londres) tinha elevação de 0,94%.
Na Zona do Euro, o dia traz leitura preliminar da inflação ao consumidor (CPI). Ontem, a pré-candidata à presidência da França, Marine Le Pen, foi proibida de disputar eleições por cinco anos. Le Pen segue, porém, no cargo de deputada até que todos os recursos sejam esgotados.
No cenário doméstico, o dia traz o resultado da balança comercial de março e o índice de gerente de compras (PMI).
Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro caiu 0,1,47%, para US$ 106,42.
O barril do petróleo subia às 7h03. Enquanto o Brent valorizava 0,40%, o WTI ganhava 0,42%.
Ibovespa perde 1,25%, e dólar recua 0,94% em dia de forte aversão a risco
O Ibovespa caiu 1,25%, ontem, para 130.260 pontos, enquanto o dólar perdeu 0,94%, para R$ 5,7057.
O dia foi marcado por forte aversão ao risco e pela expectativa em relação aos anúncios a serem feitos pelo governo dos Estados Unidos na quarta-feira.
Em março, o Ibovespa ganhou 6,08%, e a moeda americana cedeu 3,56%.
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