Se não conseguir visualizar esta mensagem, acesse este link | Bem-vindo à Inteligência Artificial, modo de usar, uma newsletter pop-up feita para você aprender sobre IA, especialmente o novo tipo de chatbot como o ChatGPT. Aqui, vamos tratar dos temas mais importantes ligados à tecnologia. Após as cinco edições, prometo que você já saberá o bastante para se destacar durante uma conversa em um jantar ou para impressionar seus colegas de trabalho. Prepare-se: todos os dias haverá um quiz para responder e uma lição de casa. (Dica de profissional: pergunte aos próprios chatbots como eles trabalham ou pergunte sobre conceitos que você não entende. Responder a perguntas como essas é uma das habilidades mais úteis deles. Mas lembre-se que às vezes eles erram.) | | Cade Metz e Kevin Roose | Cade é repórter do New York Times e Kevin é colunista. Ambos escrevem sobre tecnologia. | | | | 👨🏻💻 O que é inteligência artificial? Comecemos pelo começo. | | | | O termo inteligência artificial é usado com frequência para falar de robôs, carros autônomos, tecnologia de reconhecimento facial e praticamente qualquer outra coisa que pareça um pouco futurista. Um grupo de acadêmicos cunhou a definição no final da década de 1950 quando se propôs a construir uma máquina que fosse capaz de realizar qualquer coisa que o cérebro humano pode fazer –habilidades como raciocínio, solução de problemas, aprender tarefas novas e comunicar-se usando linguagem natural. O progresso foi relativamente lento até 2012, quando uma única ideia transformou o campo inteiro. Ela recebeu o nome de rede neural. Isso pode soar como um cérebro computadorizado, mas na realidade é um sistema matemático que aprende habilidades identificando padrões estatísticos em volumes imensos de dados. Analisando milhares de fotos de gatos, por exemplo, ele pode aprender a reconhecer um gato. As redes neurais tornam possível a Siri e Alexa entender o que você diz, identificar pessoas e objetos no Google Fotos e traduzir dezenas de línguas instantaneamente. A novidade seguinte que mudaria tudo foram os grandes modelos de linguagem. Mais ou menos em 2018, empresas como Google, Microsoft e OpenAI começaram a construir modelos neurais que eram treinados com quantidades vastas de texto da internet, incluindo artigos da Wikipedia, livros digitais e papers acadêmicos. Para a surpresa dos especialistas, esses sistemas aprenderam a escrever textos em prosa e código de computador únicos (diferenciados) e a conduzir conversas sofisticadas. Isso às vezes é chamado de IA generativa (falaremos mais disso nas edições seguintes). Resultado: o ChatGPT e outros chatbots estão prestes a transformar nosso cotidiano de maneiras dramáticas. Nos próximos quatro dias, vamos explicar a tecnologia por trás desses robôs, ajudá-lo a entender suas habilidades e limitações e a prever o rumo que eles devem seguir nos próximos anos. | | | | Você está na edição 1. 🟢⚪⚪⚪⚪ O que vai aprender nos próximos dias: 2: Como o ChatGPT funciona realmente? 3: O que leva chatbots de IA a dar resultados errados? 4: Como devo utilizar chatbots de IA como o ChatGPT? 5: Qual é o futuro da IA? | | | | Sua primeira tarefa 📚 Você tem uma lição de casa a fazer! Uma das melhores maneiras de entender a IA é usá-la você mesmo. | | | | O primeiro passo é acessar um desses chatbots. Destacamos cinco opções que funcionam no Brasil: - ChatGPT: tem versão paga e gratuita, para usá-la é preciso fazer login;
- Bing: gratuito, com limite diário de perguntas;
- Perplexity: gratuito, funciona sem login e indica links das informações que basearam as respostas;
- Jasper: pago, oferece um período de teste gratuito;
- Bard: gratuito, para usá-lo é preciso fazer login com uma conta do Google.
Quando estiver em uma dessas plataformas, simplesmente digite perguntas (o que é conhecido como um prompt) na caixa de texto e o chatbot responderá. Pode ser interessante tentar com prompts diferentes e ver se você recebe uma resposta diferente. Lição de casa de hoje: peça a um desses chatbots para escrever uma carta de apresentação para você se candidatar ao emprego de seus sonhos –por exemplo, para ser astronauta da Nasa. | | | | Glossário 📝 Rede neural: um sistema matemático que usa como modelo o cérebro humano e identifica padrões estatísticos em dados para aprender habilidades. Ele é composto de camadas de neurônios artificiais: a primeira camada recebe os dados de entrada e a última camada emite os resultados. Nem mesmo os especialistas que criam redes neurais sempre entendem o que acontece no meio. LLM (sigla para "large language model", grande modelo de linguagem em português): um tipo de rede neural que aprende habilidades –incluindo gerar texto em prosa, conduzir conversas e escrever código de computador— analisando quantidades vastas de texto obtido da internet. A função básica é prever a palavra seguinte em uma sequência, mas esses modelos têm surpreendido os especialistas ao aprender habilidades novas. IA generativa: tecnologia que cria conteúdos –incluindo texto, imagens, vídeo e código de computador– identificando padrões em grandes volumes de dados de treinamento e, então, criando material novo e original que possui características semelhantes. Exemplos de IA generativa incluem ChatGPT para texto, e DALL-E e Midjourney para imagens. | | | | | | Para assinar as newsletters da Folha, clique aqui. | Empresa Folha da Manhã S.A - Grupo Folha Al. Barão de Limeira, 425 - Campos Elíseos - São Paulo - SP CEP 01202-001 | Copyright Folha de S.Paulo | Todos os direitos reservados | | | | |