Na Garupa da Vespa

Espere o resultado da busca para ter acesso ao conteúdo desejado
Demora um pouco, mas você terá acesso aos melhores pratos e dicas de saude!

Na Garupa da Vespa


Resenha: O livro dos Espelhos

Posted: 07 Jun 2018 02:04 PM PDT



"Fatos são o que os editores de jornal e produtores escolhem colocar nos jornais. Sem a imprensa as pessoas não dariam nada para guerras longínquas ou qualquer assunto que não seja relacionado com a própria vida. As pessoas gostam das histórias, e não dos fatos". Com esse nível de perturbação intelectual é que se começa o livro dos espelhos. Um trabalho do autor E.O. Chirovici trazido pela editora Record aqui para o Brasil.

O livro trás como assunto inicial o personagem Richard Flynn. Um jovem que resgata uma história do passado da qual relembra um assassinato de um importante professor de psicologia da Universidade de Princeton. Flynn almeja ser um escritor, por isso resolve colocar parte de suas lembranças em um manuscrito e enviar para um editor. Acontece que o editor gosta da trama e se interessa pelo final, mas ao procurar Flynn, nosso protagonista já está morto.



A partir daí se dá início a uma trama policial para entender se o que Flynn redigiu era verdade ou mentira. Além é claro de buscar um final para o manuscrito incompleto.

No ínterim da história vamos conhecendo novos personagens, algo que vai deixando a trama ainda mais intrigante e sem protagonismo. O quebra cabeça vai ficando cada vez mais complicado quando percebemos que o autor do livro caprichou nas personagens, dando a elas características psicológicas bem marcantes - algo digno de nos deixar ainda mais confuso.

No fim, a trama acaba se desenrolando em um final surpreendente e nada esperado, revelando o quanto as pessoas são unilaterais e não se incomodam em conhecer todos os lados das histórias.

Temos aqui um livro capaz de entreter, mas também que nos mostra o quanto somos seletivos em nossas lembranças, algo que pode comprometer de maneira perturbadora a verdadeira realidade dos fatos.

Propaganda