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Começa a fase mais competitiva do delivery brasileiro

A Keeta, da gigante chinesa Meituan, estreia nesta segunda em São Paulo. Ela chega com 27 mil restaurantes parceiros, 98 mil entregadores cadastrados e um plano de R$ 1 bilhão para a operação na cidade. E um desafio: chegar por último onde iFood e 99Food já duelam a pleno vapor.

O iFood é hoje o líder absoluto do delivery, com mais de 80% do market share. E vive sua fase de maior expansão desde 2019: planeja investir R$ 17 bilhões no Brasil até março, com meta de chegar a 80 milhões de clientes.
Já a 99Food, que estreou em São Paulo há poucos meses, adota uma estratégia para crescer rápido: preços agressivos e ofertas constantes aos usuários do 99, o app de transporte.

A estreia da Keeta redefine a escala dessa disputa. Restaurantes, entregadores e consumidores tendem, nesta fase, a ganhar poder de barganha, seja com frete grátis, descontos ou taxas menores.

Hoje vamos falar sobre:

📮 O socorro aos Correios

✈️ Airbus faz recall de seis mil aviões A320

📈 O rali dos mercados emergentes

📺 A reinvenção da Globo

HIGHLIGHTS

💧 Iguá retoma diálogo com o governo do Rio

A Iguá Saneamento inaugura hoje a modernização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barra da Tijuca, um investimento de R$ 170 milhões que amplia em 50% a capacidade da unidade. A entrega vem após meses de atrito com o governo do Rio, que chegou a propor uma multa e até a perda da concessão por falhas na operação.

📮 O socorro aos Correios

O governo prepara um decreto para que o Tesouro Nacional seja o fiador de um empréstimo bancário de R$ 20 bilhões para os Correios, segundo a Folha. Ou seja: se houver calote, é o governo que assume a conta. O financiamento será concedido por um consórcio formado por Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra.

💼 O novo CFO da Americanas

O conselho da Americanas elegeu Sebastien Durchon para assumir a diretoria financeira e a área de relações com investidores. Ele é um nome experiente no varejo: ajudou no IPO do Carrefour, liderou a integração do Grupo Big e tocou um plano de reestruturação no Dia.

UMA IMAGEM

No fim de outubro, um avião partia do México para os EUA quando perdeu altitude subitamente, deixando 10 passageiros feridos. Era um A320 da Airbus. Depois do incidente, a fabricante identificou uma falha de software em aviões desse tipo.

Na sexta, ela fez o recall de seis mil aeronaves – metade de toda a frota global do modelo. A medida, naturalmente, causou atrasos e cancelamentos de voos mundo afora.
No Brasil, Latam e Azul disseram que seus A320 não fizeram parte do recall. Já a Gol não opera aeronaves da Airbus.

Na foto: um A320, da Airbus (Divulgação).

CONTEÚDO DE MARCA: NUBANK

Stablecoins e o futuro do dinheiro, por Roberto Campos Neto, do Nubank

As criptomoedas atreladas ao dólar – stablecoins conhecidas como "dólar digital" – não param de crescer no mundo todo. Já são US$ 300 bilhões, com projeção de chegar a US$ 1 trilhão até 2030.

"Se isso se concretizar, emissores de stablecoins podem se tornar o segundo maior detentor de títulos da dívida dos EUA", disse o vice-chairman e economista-chefe do Nubank, Roberto Campos Neto, ao videocast Perspectivas. Entenda por quê.
No videocast, Campos Neto também mostra que o futuro do dinheiro está na intersecção entre Open Finance, tokenização e IA. O Brasil é um dos países mais bem posicionados para que o vem à frente, segundo ele. Assista.

Sable Offshore contra o governo da Califórnia

A Califórnia tem uma das legislações ambientais mais exigentes dos EUA. E, por isso, virou um endereço infértil para as petroleiras: as gigantes Exxon, Shell e Occidental Petroleum venderam suas operações de petróleo e gás no estado. Ainda assim, a Sable Offshore decidiu apostar tudo ali.

A empresa quer reativar três plataformas antigas que comprou da Exxon. O plano envolve restaurar um oleoduto parado desde 2015, quando um vazamento de 3 mil barris de óleo causou um desastre ambiental na costa de Santa Bárbara.
Para tirar o projeto do papel, a Sable terá de enfrentar o governo da Califórnia. Autoridades locais dizem que a operação representa risco às áreas costeiras, e o governador Gavin Newsom já assinou um projeto de lei para tentar barrar a iniciativa.

Por ora, os investidores estão céticos: de julho para cá, o valor de mercado da Sable despencou de US$ 3,2 bilhões para algo em torno de US$ 600 milhões.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.

UM GRÁFICO

Somando a alta da bolsa com a valorização do real neste ano, temos que o Ibovespa sobe 53% em dólar.

O caso brasileiro não é um fenômeno isolado. Várias bolsas de países emergentes vêm entregando resultados parecidos – ou até melhores.

Os maiores destaques vêm da África subsaariana. Em dólar, a bolsa de Gana sobe 130% em 2025. A da Zâmbia, 100%.

VALE PARAR PARA LER

📺 A reinvenção da Globo

A Globo se prepara para sua maior reestruturação em três décadas. Em 2026, nasce uma holding única para controlar todos os negócios do grupo – TV, streaming, jornais, rádios e investimentos. É a aposta mais recente da família Marinho para encarar um quadro desconfortável: mesmo após anos de cortes, a Globo fatura hoje a metade do que faturava em 2014.

🎬 Crise da Reag muda a fachada do Belas Artes

O Belas Artes, tradicional cinema de rua de SP, tinha um contrato de naming rights com a Reag. Só que, depois da crise ligada à Operação Carbono Oculto, a gestora fez um rebranding: virou Arandu Partners. Não fazia sentido, então, manter o nome antigo na fachada. As duas empresas acertaram um distrato do patrocínio, que tinha sido fechado em 2024 e valia por cinco anos.