Sexta-feira, 17 de outubro de 2025Tempo de leitura: 05 minutos

Bom dia, Investidor!

Suno Call

Resumo do Editor

Os mercados encerram a semana em clima de aversão ao risco, com fortes quedas nas bolsas internacionais. O pessimismo foi alimentado por sinais de estresse no crédito de bancos regionais dos Estados Unidos e pelas tensões comerciais entre EUA e China. O ouro, ativo de refúgio, renovou recorde histórico acima de US$ 4,3 mil a onça.

O líder do mercado hoje em dia não será necessariamente o líder de amanhã

Ma Huateng,

CEO da Tencent

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SUNO CALL #1912

O perigo de perder tempo com o irrelevante

Um dos maiores desafios de investidores e gestores não é a falta de informação, mas sim a dificuldade de separar o que é realmente importante do que é apenas barulho. Esse comportamento tem até nome: o Efeito Bike Shed ou Lei da Trivialidade, conceito criado por Cyril Northcote Parkinson na década de 1950.

Ele observou que, em organizações, os temas mais complexos e relevantes costumam receber pouca atenção, enquanto os assuntos simples e triviais acabam consumindo um tempo desproporcional de discussão. No exemplo clássico, um comitê gastaria mais tempo debatendo o orçamento do café do que a construção de uma usina nuclear.

O Bike Shed do mercado

Nos mercados financeiros, é comum ver investidores gastando horas discutindo se a taxa de corretagem de uma corretora é alguns centavos mais barata, se o home broker tem uma cor mais agradável ou se determinado influenciador acertou o call da semana.

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Fuga do risco e ouro em alta marcam o fim da semana

A sexta-feira (17) começa com investidores fugindo do risco em meio ao aumento das preocupações sobre o sistema bancário dos Estados Unidos, que voltou ao centro das atenções após novos sinais de estresse no crédito entre bancos regionais.

Neste contexto, o ouro atingiu novo recorde histórico de US$ 4.378,69 por onça.

As tensões comerciais também contribuíam para o clima de cautela. Na quinta-feira, a China acusou os EUA de provocarem pânico sobre as restrições de exportação de terras raras, após a Casa Branca pedir a reversão dos controles chineses.

Paralelamente, Brasil e Estados Unidos mantiveram conversas sobre uma nova agenda de cooperação comercial. Segundo o chanceler Mauro Vieira, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se encontrar "em breve" para discutir temas bilaterais.

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Mercados na Europa e na Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o pregão em queda, com exceção do Kospi, da Coreia do Sul, que subiu pelo terceiro dia consecutivo e renovou recorde histórico.

Shanghai SE (China): -1,95%
Nikkei (Japão): -1,44%
Hang Seng Index (Hong Kong): -2,48%
Nifty 50 (Índia): +0,35%
ASX 200 (Austrália): -0,81%
Kospi (Coreia do Sul): +0,01%

Na Europa, as bolsas operavam em forte baixa, pressionadas pelo setor bancário. As ações de defesa também recuavam após o anúncio de que os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin devem se reunir na Hungria para discutir a guerra na Ucrânia, o que adicionou mais volatilidade ao ambiente geopolítico.

STOXX 600: -1,48%
DAX (Alemanha): -2,10%
FTSE 100 (Reino Unido): -1,22%
CAC 40 (França): -0,74%
FTSE MIB (Itália): -1,99%

Radar corporativo

Vale (VALE3) informou que o preço em oferta de recompra de debêntures participativas é fixado em R$ 42,00 por papel, o que representa um prêmio de cerca de 15% em relação ao valor de fechamento anterior ao anúncio. Segundo a companhia, o preço não está sujeito a negociação.
Vibra (VBBR3) comunicou que a Comerc revisou sua projeção de Ebitda para 2025, de R$ 1,3 bilhão para um intervalo entre R$ 1,05 bilhão e R$ 1,15 bilhão, conforme fato relevante divulgado na quinta-feira.
Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, firmou um contrato de R$ 702,6 milhões com empresas do grupo Telefónica para prestação de serviços de computação em nuvem. O acordo tem vigência até 31 de dezembro de 2030.

Ibovespa encerra em leve queda; dólar recua

O Ibovespa encerrou a sessão de quinta-feira (16) em leve queda de 0,28%, aos 142.200 pontos, após um pregão de variações moderadas e sem direção definida.

O dólar comercial recuou 0,36%, cotado a R$ 5,442, enquanto os juros futuros (DIs) encerraram o dia mistos, com predomínio de altas nos vencimentos intermediários e longos.

Para ficar de olho 👀

Projeções para Vale (VALE3): A temporada de balanços do 3T25 começa na próxima semana e promete movimentar o mercado até a metade de novembro. Entre as companhias mais aguardadas está a Vale (VALE3). Veja as projeções para a mineradora.

Weg faz nova aquisição: A WEG (WEGE3) anunciou a compra de 54% da Tupi Mob, empresa especializada em software e gestão de redes de recarga para veículos elétricos, por R$ 38 milhões. Saiba mais.

Lançamento de FII: A BRM Asset iniciou a oferta pública da 1ª emissão de cotas do BRM Minha Casa Minha Vida FII III (MCMV11 e MCMV15), fundo imobiliário focado em empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Veja detalhes.

Oferta do TRXF11: O fundo imobiliário TRXF11 está na fase final do período de exercício do direito de preferência referente à sua 12ª emissão de cotas. Agora os cotistas têm até a próxima quinta-feira (23) para exercerem o seu direito a preferência. Leia mais.

Dividendos da CPFL: A CPFL (CPFE3) anunciou o pagamento de R$ 200 milhões em dividendos referentes ao exercício de 2025. O valor será creditado aos investidores no próximo dia 27 de outubro. Saiba mais

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