Investidores aguardam IPCA e CPI dos EUA; trégua comercial entre China e EUA anima mercados globais.
Terça-feira, 12 de agosto de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
Nesta terça-feira, os investidores acompanham a divulgação do IPCA de julho, enquanto aguardam o plano do governo para apoiar empresas afetadas pelas tarifas de 50% impostas pelos EUA. No exterior, a expectativa é pelos dados de inflação ao consumidor americano (CPI), que serão divulgados hoje, em meio à extensão da trégua comercial entre EUA e China. A temporada de balanços segue aquecida, com destaque para os números de Itaúsa, Sabesp e Caixa Seguridade divulgados ontem à noite, além de resultados de MRV e CVC nesta sessão.
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Aprendendo com os erros
O fracasso, embora temido por muitos, é um dos maiores mestres da vida. E ainda que sejamos ensinados a evitá-lo a qualquer custo, a verdade é que ele tem um valor inestimável quando encarado com preparo, humildade e intenção. O artigo Why You Should Practice Failure, publicado no blog da Farnam Street, propõe uma abordagem provocadora: não esperar que o fracasso aconteça, mas buscá-lo como forma de aprendizado e fortalecimento. Esse princípio pode ser surpreendentemente poderoso, inclusive para investidores.
Amelia Earhart, pioneira da aviação, já defendia essa ideia em 1932. Para ela, um piloto só está preparado para enfrentar emergências se já tiver experimentado situações-limite em um ambiente controlado. Stalls, giros e outros "erros" intencionais ensinam o que nenhum manual ou simulação em solo pode oferecer. A experiência real gera reflexos confiáveis, e não apenas raciocínios teóricos...
Mercados aguardam IPCA e CPI dos EUA, enquanto repercutem balanços
A terça-feira começa com o foco dividido entre indicadores econômicos e balanços corporativos. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, que deve balizar as expectativas para a política monetária.
No cenário político-econômico, segue a expectativa pelo plano de contingência do governo para mitigar os impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote deve incluir linhas de crédito, adiamento de tributos, compras governamentais e reformas estruturais para ampliar as exportações.
No campo corporativo, Itaúsa (ITSA4), Sabesp (SBSP3) e Caixa Seguridade (CXSE3) divulgaram resultados ontem à noite. Hoje, MRV (MRVE3) e CVC (CVCB3) estão entre as empresas que publicam seus balanços.
No exterior, os mercados operam com expectativa pelos dados de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. O indicador vem após um relatório do mercado de trabalho abaixo do esperado e relatos de pressões inflacionárias nas empresas.
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta nesta manhã, sustentadas pela extensão da trégua tarifária entre EUA e China. Por volta das 6h25 (de Brasília), o Stoxx 600 subia 0,20%, a 547,83 pontos.
Em Londres, o índice avançava 0,33%, em Paris, 0,19%, e em Frankfurt, recuava 0,32%. Já Milão, Madri e Lisboa subiam 0,48%, 0,38% e 0,04%, respectivamente.
Na Ásia, o destaque foi o recorde histórico do Nikkei, que saltou 2,15%, a 42.718,17 pontos, após a prorrogação da trégua comercial com os EUA até meados de novembro. Hang Seng (+0,25%), Taiex (+0,09%), Xangai (+0,50%) e Shenzhen (+0,33%) também subiram, enquanto o Kospi recuou 0,53%.
Na Oceania, o S&P/ASX 200 de Sydney avançou 0,41%, após o banco central australiano cortar a taxa básica de juros para 3,6% ao ano.
Ibovespa recua e dólar volta a subir
Na primeira sessão da semana, o Ibovespa recuou 0,21%, a 135.623,15 pontos, com Petrobras (PETR4) subindo 0,62% e Vale (VALE3) caindo 0,11%, mesmo com minério de ferro em alta.
O destaque positivo foi M. Dias Branco (MDIA3), que disparou 16,24% após balanço do 2T25 considerado acima das expectativas.
O dólar comercial avançou 0,14%, a R$ 5,443, enquanto os juros futuros recuaram em toda a curva.
Para ficar de olho 👀
Lucro da Itaúsa: A Itaúsa (ITSA4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 4.037 milhões no segundo trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 11% em relação ao mesmo período de 2024. Leia mais.
Azul interrompe operações: As ações da Azul (AZUL4) registraram forte queda na sessão de ontem, após a companhia anunciar a interrupção de voos em 13 cidades do Brasil. A medida faz parte do plano de reestruturação que a aérea vem conduzindo desde maio deste ano. Entenda.
IPCA + 10,65%: O RBRX11 anunciou a elevação do patamar de dividendos, passando de R$ 0,08 para R$ 0,09 por cota. No segundo trimestre, o fundo também destinou R$ 22 milhões para novas alocações no book de CRIs, com taxa média de IPCA + 10,65%. Entenda.
Sabesp surpreende: A Sabesp (SBSP3) divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2025 (2T25), superando as expectativas do mercado. A companhia registrou um lucro por ação de R$ 3,12. Leia mais.
Mais dividendos: O fundo imobiliário IBBP11 (Brazilian Business Park FII) anunciou um aumento na distribuição de dividendos para agosto, impulsionado pelo maior rendimento do caixa. Saiba mais.
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