Investidores aguardam balanço da Nvidia e monitoram falas de Haddad e Galípolo.
Quarta-feira, 27 de agosto de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
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Suno Call
Resumo do Editor
O mercado internacional opera em espera pelo balanço da Nvidia, que deve testar a força do rali das big techs em Wall Street. Em paralelo, seguem preocupações com a independência do Federal Reserve, após a defesa de Lisa Cook anunciar ação contra a decisão de Donald Trump de demiti-la do Fed. No Brasil, a agenda vem esvaziada, mas com atenção ao Caged, à dívida pública e às falas do ministro da Fazenda e do presidente do BC.
Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas
Friedrich Nietzsche, filósofo
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SUNO CALL #1875
A história de um império de lojas de departamento
Em tempos de big techs e inovação digital, é fácil esquecer que boa parte da riqueza gerada no século 20, e ainda hoje, veio de empresas tradicionais, muitas vezes familiares, construídas tijolo por tijolo com disciplina, visão e foco no longo prazo. A história da Dillard's, uma das maiores redes de lojas de departamento dos Estados Unidos, é um caso clássico de como o varejo físico, com estratégia e execução, pode se transformar em um império duradouro.
Tudo começou em 1938, quando William T. Dillard, com apenas 23 anos, abriu sua primeira loja na pequena cidade de Nashville, no Arkansas. O capital inicial foi um empréstimo de US$ 8 mil de seu pai, mas sua formação vinha de muito antes. Ele cresceu no varejo, trabalhando desde cedo na loja da família em Mineral Springs, acumulando mais de 12 anos de experiência ainda jovem. Formado pela Universidade de Arkansas em 1935 e pela Columbia Business School em 1937, teve uma breve passagem como trainee na Sears Roebuck, mas saiu em menos de um ano para empreender.
No Brasil, a quarta-feira traz agenda mais esvaziada, mas com atenção a alguns indicadores e falas importantes.
O Ministério do Trabalho divulga hoje os dados do Caged, enquanto o Tesouro Nacional apresenta as estatísticas de endividamento referentes a julho. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dará entrevista ao UOL às 11h, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa do congresso da Fenabrave às 14h.
No exterior, o foco está no balanço da Nvidia, que será divulgado após o fechamento dos mercados nos Estados Unidos. O resultado servirá como termômetro para o rali recente em Wall Street, impulsionado por big techs que já respondem por quase 50% do S&P 500.
As preocupações com a independência do Federal Reserve seguem no radar, após o advogado de Lisa Cook, diretora do banco central americano, anunciar que entrará com ação contra a decisão do presidente Donald Trump de demiti-la.
Mercados na Ásia e na Europa
Na Ásia, os mercados fecharam mistos, com investidores reagindo à queda de 1,5% nos lucros industriais da China em julho, em relação ao mesmo período de 2024.
Apesar do recuo, o dado trouxe sinal de recuperação após meses de quedas mais acentuadas. No Japão e na Austrália houve ganhos, enquanto Xangai e Hong Kong recuaram. Os mercados indianos permaneceram fechados por conta de feriado.
Shanghai SE (China): -1,76%
Nikkei (Japão): +0,30%
Hang Seng (Hong Kong): -1,27%
Nifty 50 (Índia): fechado
ASX 200 (Austrália): +0,28%
Na Europa, as bolsas operam sem direção única, em compasso de espera pelos resultados da Nvidia. O CAC 40, em Paris, recupera parte das perdas da véspera, enquanto o DAX, em Frankfurt, recua.
O ambiente também é marcado pela cautela política na França, após partidos de oposição afirmarem que não apoiarão o primeiro-ministro François Bayrou no voto de confiança previsto para setembro.
STOXX 600: +0,13%
DAX (Alemanha): -0,13%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,02%
CAC 40 (França): +0,43%
FTSE MIB (Itália): -0,70%
Ibovespa recuou e dólar voltou a subir
Na terça-feira, o Ibovespa devolveu parte dos ganhos acumulados nas duas últimas sessões e caiu 0,18%, aos 137.771 pontos.
Entre as altas, destacaram-se Vale (VALE3), com +0,89%, Embraer (EMBR3), com +0,99%, e Ambev (ABEV3), com +0,50%.
Os bancos tiveram desempenho misto, com Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) em alta, mas quedas em Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4).
Petrobras (PETR4) recuou 0,72%, acompanhando a forte queda do petróleo internacional. Usiminas (USIM5) caiu 0,24% e Hapvida (HAPV3) recuou 0,41%.
O dólar comercial subiu 0,34%, a R$ 5,434, enquanto os juros futuros avançaram em toda a curva após duas sessões de queda.
Para ficar de olho 👀
Ações argentinas: As ações argentinas vivem um contrassenso na bolsa: depois de uma alta estrondosa de cerca de 200% desde a eleição de Javier Milei, elas recuaram nas últimas semanas entre 23% e 45%. Leia mais.
Queda de juros: Os juros estão estacionados em patamares elevados já há um bom tempo no Brasil e nos Estados Unidos, mas segundo analistas, esse momento pode estar chegando ao fim. Então, será que ainda é hora de investir em renda fixa? Entenda.
Dividendos do Banco do Brasil: O Banco do Brasil (BBAS3) vem apresentando um desempenho abaixo do esperado neste ano, e o recente anúncio de corte no payout deixou o mercado em estado de alerta. Veja projeções para os proventos.
Ativo do VTLT11: A compra do ativo locado para a Renault, de propriedade do fundo VTLT11, ganha um novo capítulo. Após a proposta de compra pelo FII GGRC11, a gestora Tellus também ofereceu uma oferta para aquisição do ativo. Entenda.
Deflação e IPCA-15: Em agosto, a prévia da inflação (IPCA-15) recuou 0,14%, pressionada pela queda na conta de luz, nos alimentos e no preço da gasolina, aliviando o custo de vida das famílias. Saiba mais.
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