Fed, Copom e balanços de bancos movimentam a quarta-feira.
Quarta-feira, 30 de julho de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
A Super Quarta concentra as atenções dos investidores com as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. O Copom deve manter a Selic em 15%, enquanto o Fed tende a repetir os juros entre 4,25% e 4,5%, diante da pressão inflacionária e incertezas sobre as tarifas americanas. A temporada de balanços também ganha força, com destaque para o Santander, que abriu a safra dos grandes bancos, mas com resultados abaixo do esperado.
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O conceito simples do Valor Intrínseco
No mundo dos investimentos, existem inúmeros termos sofisticados, siglas e modelos matemáticos que parecem exigir um mestrado em finanças para serem compreendidos. Mas, por trás da cortina de fórmulas, há um conceito simples que guia os grandes investidores há décadas: o valor intrínseco.
De forma direta, o valor intrínseco nada mais é do que responder a duas perguntas essenciais:
1. Quanto esse negócio pode ganhar por ano? 2. Quanto eu estou disposto a pagar por esse ganho?
Se você conseguir responder isso com alguma margem de segurança, está no caminho certo.
O que o mercado acha vs. o que a empresa vale
A diferença entre o preço de mercado e o valor intrínseco de uma empresa é o que cria a oportunidade para o investidor. O preço reflete o que as pessoas estão dispostas a pagar naquele momento — influenciado por emoções, ciclos e manchetes. Já o valor intrínseco tenta refletir a capacidade real da empresa de gerar dinheiro no futuro, descontado ao valor presente.
Pense como se fosse comprar uma casa para alugar. O que você realmente quer saber é: quanto esse imóvel me renderá de aluguel líquido por ano?
Super Quarta: juros, balanços e tensões comerciais
dominam o cenário
A quarta-feira começa movimentada nos mercados globais. O principal foco está nas decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão após o fechamento dos mercados, e a expectativa majoritária é de manutenção da taxa Selic em 15%, conforme sinalizado na última reunião.
Nos EUA, o Federal Reserve também deve manter os juros na faixa atual de 4,25% a 4,5%, em meio às incertezas sobre os impactos da nova política tarifária do governo Trump. Mesmo com pressão do presidente americano por um corte, o Fed adota cautela, observando os efeitos das tarifas sobre a economia e os dados de emprego.
Hoje, investidores acompanham também o relatório da ADP sobre o mercado de trabalho privado dos EUA e a prévia do PIB do segundo trimestre da economia norte-americana.
No Brasil, a temporada de balanços do segundo trimestre ganha força, com a divulgação dos números de companhias como Bradesco (BBDC4), TIM Brasil (TIMS3), ISA Energia (ISAE4) e Ecorodovias (ECOR3).
O Santander (SANB11) saiu na frente entre os grandes bancos e reportou lucro líquido recorrente de R$ 3,659 bilhões no 2T25 — alta anual de 9,8%, mas abaixo das expectativas do mercado. Os resultados financeiros seguem no radar dos investidores, em um momento de reavaliação dos múltiplos e perspectivas das empresas listadas.
No radar doméstico, segue a apreensão com o impasse comercial entre Brasil e EUA, visto que o prazo para a imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros termina nesta sexta-feira, 1º de agosto, sem avanços aparentes nas negociações.
Na Europa, o PIB da zona do euro surpreendeu positivamente com alta de 0,1% no segundo trimestre, enquanto a França se destacou com crescimento de 0,3%. As bolsas operam sem direção única, com investidores à espera da decisão do Fed e de balanços de gigantes como Santander, UBS e HSBC.
Às 6h58 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,11%. Londres caía 0,20%, Paris avançava 0,74%, Frankfurt ganhava 0,24%, e Madri recuava 0,25%.
As bolsas asiáticas encerraram o pregão com desempenho misto, após EUA e China encerrarem mais uma rodada de negociações sem acordo. O Nikkei caiu 0,05%, enquanto Kospi subiu 0,74%. Xangai teve leve alta de 0,17%, e Shenzhen caiu 0,74%. O mercado segue atento a um possível posicionamento de Trump após ser informado sobre os desdobramentos das conversas com a China.
Ibovespa sobe após três quedas, com apoio de
Petrobras e bancos
O Ibovespa encerrou a sessão de terça-feira em alta de 0,45%, aos 132.725,68 pontos, interrompendo uma sequência de três quedas consecutivas.
O alívio veio com o avanço das ações da Petrobras (PETR4), que subiram 1,31% na esteira da valorização do petróleo no mercado internacional. Petro juniores, como PRIO (PRIO3), também acompanharam o movimento positivo.
Entre os bancos, o desempenho foi misto. Santander (SANB11) teve leve alta de 0,11%, enquanto Bradesco (BBDC4) caiu 0,19%. Ambos divulgam seus resultados nesta quarta-feira, com expectativas divididas entre analistas.
O dólar comercial recuou 0,38%, a R$ 5,569, com investidores moderando posições antes da Super Quarta.
Para ficar de olho 👀
Itaú (ITUB4) e projeções para bancos: O BB Investimentos divulgou um relatório setorial com projeções para os grandes bancos na temporada de balanços. Entre os destaques, o Itaú (ITUB4) é apontado como a instituição com as projeções mais positivas. Leia mais.
Nova emissão de GARE11: O fundo imobiliário GARE11 anunciou sua 7ª emissão de cotas. A nova oferta foi estruturada para o fundo repor os imóveis de renda urbana que serão potencialmente vendidos a um fundo da XP Asset. Entenda.
Lucro bilionário de VIVT3: A Telefônica Brasil (VIVT3) registrou um lucro líquido de R$ 1,34 bilhão entre abril e junho, com alta de 10% na comparação anual. O que será que os analistas concluíram com o balanço da companhia? Confira as análises.
TOPP11 e resultados de junho: O fundo imobiliário TOPP11 registrou no mês de junho um resultado de R$ 3,83 milhões e segue focado em capturar valorização real em seus ativos Leia mais.
Preço-alvo de Raízen (RAIZ4): O BTG Pactual divulgou um novo relatório sobre as ações da Raízen (RAIZ4), reavaliando suas projeções para a companhia. No documento, os analistas revisaram para baixo o preço-alvo dos papéis. Saiba mais.
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