Petróleo sobe mais de 1%, e futuros americanos caem com risco geopolítico no Oriente Médio
Segunda-feira, 23 de junho de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
Bom dia, Investidor!
Suno Call
Resumo do Editor
Nesta segunda-feira, as cotações internacionais do petróleo sobem mais de 1%, e os indicadores futuros americanos caem em decorrência do risco geopolítico dos conflitos do Oriente Médio. Houve escalada da guerra entre Israel e Irã, após os Estados Unidos terem atacado, diretamente, o país persa com bombardeio a três centrais nucleares. Em retaliação, o Irã ameaça fechar o Estreito de Ormuz, por onde circula um quinto do petróleo mundial. A medida pode pressionar a inflação global. A China – dependente do petróleo que passa no canal – pediu paz no Oriente Médio. No Brasil, o Relatório Focus apontou mais uma redução da projeção do IPCA, desta vez para 5,24% no fim de 2025. Em relação ao crescimento do PIB, a estimativa do Focus passou para 2,21%. Para a Selic no encerramento do ano, a expectativa foi elevada para 15%.
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A importância da disciplina financeira e da gestão de qualidade no longo prazo
No Suno Call de hoje, iremos falar sobre algo que raramente chama tanta atenção quanto deveria: a importância da disciplina financeira e da gestão de qualidade na sobrevivência e no sucesso das empresas. Embora as manchetes costumem focar em crescimento de receita, lucro trimestral e aquisições, muitas das quedas mais dolorosas no mundo dos investimentos têm suas raízes em balanços frágeis e gestões que se esquecem dos princípios básicos de disciplina e responsabilidade.
"Quando analisei as ações que mais me fizeram perder dinheiro, em cerca de dois terços das vezes isso aconteceu devido a balanços patrimoniais fracos. É preciso estar atento ao fato de que, se você está comprando uma empresa com um balanço patrimonial fraco e algo muda, é justamente nesse momento que você estará mais exposto como acionista."
Anthony Bolton
Benjamin Franklin, em sua autobiografia, nos conta a história de...
Escalada dos conflitos no Oriente Médio concentra atenções de investidores
As atenções do mercado se concentram, nesta segunda-feira, nos rumos da escalada do conflito entre Israel e Irã, após os Estados Unidos terem atacado, diretamente, o país persa com bombardeio a três centrais nucleares. Não é de hoje que os EUA pretendem acabar com o programa nuclear iraniano, mas trata-se do primeiro ataque direto em 46 anos.
Em retaliação, o Irã ameaça fechar o Estreito de Ormuz, por onde circula um quinto do petróleo mundial. A medida – que pode pressionar a inflação global – foi aprovada pelo parlamento iraniano, mas ainda não há sinais de comprometimento dos fluxos da commodity. O fechamento depende da aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã.
Com o risco geopolítico do conflito, as cotações internacionais do petróleo dispararam na madrugada de ontem para hoje, mas às variações cederam parte dos ganhos. Às 8h30, o barril do Brent caía 1,05%, e o do WTI subia 1,07%.
A China – dependente do petróleo que passa no Estreito de Ormuz – pediu paz no Oriente Médio. Em nota, o Brasil condenou os ataques de Israel e dos Estados Unidos ao Irã.
Às 8h31, os indicadores futuros americanos operavam no vermelho: Nasdaq perdia 0,12%, S&P recuava 0,11%, e Dow Jones cedia 0,19%. Há falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) previstas para hoje.
No Brasil, o Relatório Focus apontou mais uma redução da mediana das projeções de economistas de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Estima-se que a inflação oficial estará em 5,24% no fim de 2025 – uma semana atrás, a projeção era de 5,25%.
Em relação ao crescimento do PIB, a estimativa do Focus passou de 2,20% para 2,21%. Para a Selic no encerramento do ano, a expectativa de 14,75% ao ano foi elevada para 15% – atual patamar. Amanhã, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), publica a ata da última reunião.
Às 8h27, DAX (Frankfurt) perdia 0,53%, CAC 40 (Paris) recuava 0,65%, Euro Stoxx 600 desvalorizava 0,41%, e FTSE 100 (Londres) caía 0,15%.
No primeiro pregão da semana, as bolsas asiáticas fecharam de forma mista. Enquanto Xangai subiu 0,65%, e Hang Seng ganhou 0,67%, Nikkei caiu 0,13%, e Kospi desvalorizou 0,24%.
Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro teve alta de 0,50%, para US$ 98,21.
Ibovespa caiu 1,15%, e dólar subiu 0,44% na sexta-feira
Na sexta-feira, o Ibovespa caiu 1,15%, para 137.116 pontos, refletindo a sinalização do Copom de que a Selic continuará em patamar restritivo.
No comunicado divulgado na véspera do feriado de Corpus Christi, a autoridade monetária deixou claro que, na reunião de julho, irá manter a taxa básica, mas não hesitará em voltar a elevar os juros se necessário para conter a inflação.
Riscos relacionados ao conflito entre Israel e Irã também pesaram nas negociações de ativos de risco.
O dólar subiu 0,44%, para R$ 5,52.
Na semana, o mais importante indicador da B3 registrou leve baixa de 0,07%, e a moeda americana recuou 0,48%.
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