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Se Donald Trump desejava ter um dia para chamar de seu, pronto. Ele conseguiu. Não, não se trata de seu aniversário, em 14 de junho. Nem da data de ontem, 2 de abril, à qual se referiu como “Dia da Libertação” dos Estados Unidos. Esse dia é hoje, quinta-feira, 3 de abril de 2025. Bolsas de valores de todo o mundo amanheceram em forte queda. Os investidores reagem ao detalhamento do que Trump chama de tarifas “recíprocas” contra todos os parceiros comerciais norte-americanos. Elas entraram em vigor à zero hora. Na mira de Donald Trump está qualquer coisa produzida em outro país e que se mova em direção aos EUA. Os mais afetados pelo tarifaço amplo, geral e irrestrito de Trump são países da Ásia e da Europa. Tanto faz se é amigo, inimigo, parente, agregado ou conhecido. As tarifas adicionais à China alcançam 34%. Produtos de Taiwan pagarão pedágio de 32% para entrar nos EUA. A sobretaxa à União Europeia alcança 20%. Embora a tabela de Trump não mostrasse Canadá e México, os vizinhos dos EUA já pagam 25% de tarifas adicionais para que seus produtos atravessem a fronteira. Você confere os detalhes na reportagem da Carolina Gama. O presidente norte-americano até esperou Wall Street fechar, mas não adiantou muita coisa. O tombo começou já no after market da quarta-feira, estendeu-se ao pré-mercado de hoje e tende a prolongar-se até a abertura das bolsas de Nova York. Pelo menos. Os mercados de ações da Ásia fecharam em forte queda, mesmo tom da abertura dos negócios na Europa. O dólar e a taxas projetadas dos títulos da dívida norte-americana também amanheceram em forte queda, mas por causa dos temores de que a guerra comercial desate um processo de estagflação nos EUA. Embora a punição ao Brasil tenha ficado no piso de 10%, é improvável que o Ibovespa escape da sangria provocada por Trump nos mercados internacionais. (Não me sai da cabeça o refrão de If You Want Blood, You Got It, clássico do AC/DC e que intitula um dos melhores álbuns ao vivo da história do rock.) A escala da guerra comercial deflagrada por Donald Trump vai depender da reação dos países. E ela já começou. Na própria noite de quarta-feira, o Congresso Nacional aprovou a Lei da Reciprocidade (à reciprocidade). O texto precisa agora ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os detalhes da reação brasileira você confere aqui. Ação do mês Como é tradição no Seu Dinheiro, abril começa com a Ação do Mês. O papel mais indicado por 12 gestoras e corretoras consultadas por nossa equipe de reportagem é um velho conhecido de nossos leitores: ITUB4, ticker da ação do Itaú Unibanco. A lista completa das ações mais recomendadas de abril você encontra no trabalho das repórteres Camille Lima e Bia Azevedo. |
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| | O que você precisa saber hoje |
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| | MAIS SOBRE O AUTOR Ricardo Gozzi É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil. COLABORAÇÃO Vinícius Barroso e Dani Alvarenga |
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