O tarifaço generalizado dos EUA está prometido para amanhã. Não sabemos ainda o tamanho das medidas, nem mesmo o quanto elas afetarão o Brasil (a aposta do mercado é: muito). Vinicius Torres Freire, na Folha, divide o problema brasileiro em dois: De um lado, está a disposição de Trump de, talvez, criar medidas ainda mais duras para se contrapor a eventuais retaliações (estas, por si sós, já têm potencial de encarecer produtos importantes para o país). O segundo é a longa lista de proteção à importação de bens e serviços praticada pelo Brasil (pelo menos na visão dos EUA). "A reclamação básica é de altos impostos de importação, que simplesmente barram certos negócios (não adianta dizer que o imposto é baixo sobre bens efetivamente negociados). A segunda reclamação é que o Brasil muda impostos e regras de importação à vontade, o que dificulta negócios", escreve o colunista. Josias de Souza, no UOL News, comenta a lei de reciprocidade aprovada hoje no Senado. Para o colunista, o governo não vai aplicá-la imediatamente, pelo menos não na totalidade. "A posição do governo brasileiro, aparentemente, é o de aproveitar a omelete que o governo Trump está servindo. O Brasil será seletivo e, portanto, não irá sair atirando na base 'olho por olho, dente por dente'. Vai verificar quais são os setores que, eventualmente, poderá aplicar sanções e impor um desconforto maior", diz. |