Mercados caem no mundo todo em resposta à decisão do governo americano
Segunda-feira, 31 de Março de 2025Tempo de leitura: 05 minutos
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Suno Call
Resumo do Editor
Os mercados caem, no mundo todo, após o anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que as importações de todos os países serão sobretaxadas a partir de 2 de abril, chamado por ele de "Dia da Libertação". Na Ásia, Shanghai recuou 0,46%; Nikkei despencou 4,05%, Hang Seng encolheu 1,31%, e Kospi teve queda de 3% no primeiro pregão da semana. Indicadores futuros de Wall Street e bolsas europeias também operam no vermelho. No Brasil, o Relatório Focus mostrou manutenção das projeções de economistas de mercado para a inflação oficial deste ano em 5,65%. Para o crescimento do PIB no fim de 2025, a expectativa foi reduzida de 1,98% para 1,97%. A projeção para a taxa básica de juros continua em 15%.
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O que são ficções atraentes
No artigo "Appealing Fictions", de Morgan Housel, publicado no blog do Collab Fund, o autor explora o conceito de ficções atraentes. Ou seja, algo que queremos que seja verdade, respaldado por dados ou observações superficiais, mas que não considera a complexidade total do assunto e não resiste a uma análise mais profunda.
Housel exemplifica esse conceito com uma história de Daniel Kahneman sobre um instrutor da Força Aérea Israelense que acreditava que gritar com seus pilotos fazia com que eles tivessem melhores desempenhos, enquanto elogios os pioravam. Basicamente, o capitão queria performances de maior excelência e parou de investigar a situação quando achou dados que suportavam essa suposta melhoria de qualidade, criando sua própria ficção atraente. Na realidade, o certo seria ele fazer um estudo mais detalhado do contexto, uma vez que sua conclusão precipitada se devia à regressão à média: desempenhos excepcionais tendem a ser seguidos por desempenhos mais próximos da média, independentemente de elogios ou críticas.
A semana começa com o mercado na expectativa da entrada em vigor do "tarifaço" de Donald Trump, no dia 2, e nas eventuais retaliações a serem divulgadas pelos países afetados. Ontem, o governo dos Estados Unidos afirmou que as tarifas vão atingir todos os países no que está chamando de "Dia da Libertação".
China, Japão e Coreia do Sul divulgaram que pretendem acelerar negociações para um acordo entre os três países, com o objetivo de fortalecer a cooperação diante das sobretaxas americanas.
Os indicadores futuros de Wall Street operam no vermelho: às 8h20, Nasdaq perdia 1,45% Dow Jones caía 0,63%, e S&P 500 recuava 1,03. Hoje, sai o índice de gerente de compras (PMI) dos Estados Unidos.
Às 8h17, as bolsas europeias também cediam: CAC 40 (Paris) perdia 1,80%, Euro Stoxx 600 tinha queda de 1,69%, DAX (Frankfurt) encolhia 1,90%, e FTSE 100 (Londres) recuava 1,27%. Nesta manhã, a Alemanha divulga o índice de preços ao consumidor (CPI) preliminar de março.
Na Ásia, Shanghai recuou 0,46%; Nikkei despencou 4,05%, Hang Seng encolheu 1,31%, e Kospi teve queda de 3% no primeiro pregão da semana.
No Brasil, o Relatório Focus, do Banco Central (BC), mostrou manutenção da mediana das projeções de economistas de mercado para a inflação oficial deste ano em 5,65%. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de 2025, a expectativa foi reduzida de 1,98% para 1,97%. A projeção para a taxa básica de juros continua em 15%.
Nesta manhã, o Banco Central divulgou também o resultado primário do setor público referente a fevereiro. O diretor de política monetária do BC, Nilton David, participará de evento virtual do Itaú BBA.
Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro caiu 0,1,47%, para US$ 106,42.
Ibovespa cede 0,94%, e dólar avança 0,13% na sexta-feira
Em uma sessão marcada por aversão ao risco decorrente do menor otimismo do consumidor dos Estados Unidos e por incremento das expectativas de inflação no longo prazo, o Ibovespa recuou 0,94%, na sexta-feira, para 131.902 pontos.
As bolsas de Nova York registraram forte desvalorização: S&P 500 perdeu 1,97%, Dow Jones caiu 1,69%, e Nasdaq despencou 2,70%.
O dólar subiu 0,13%, para R$ 5,7596.
Na semana, o principal indicador da B3 cedeu 0,33%, enquanto o dólar avançou 0,74%.
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