Pela primeira vez em quatro meses, o preço do barril de petróleo bateu US$ 81, nesta manhã, refletindo temores relacionados à oferta da commodity decorrentes, principalmente, da possibilidade de os Estados Unidos restringirem a distribuição da matéria-prima fornecida pela Rússia. Há preocupação do mercado também com possíveis novas sanções ao Irã.
Do lado da demanda, o Hemisfério Norte está no inverno, o que aumenta o consumo da commodity. Às 8h24, o barril do Brent tinha alta de 1,83%, para US$ 81,22, enquanto o do WTI subia 2,10%, para US$ 78,18. Se mantida, a elevação tende a afetar as cotações da Petrobras e de outras petroleiras na B3.
Outra commodity com forte impacto na bolsa brasileira teve forte aumento nesta segunda-feira. Em Dalian, o preço da tonelada do minério de ferro avançou 1,92%, para US$ 104,81, o que deve impulsionar os papéis da Vale, companhia com maior peso no Ibovespa.
A China divulgou superávit comercial de US$ 104,84 bilhões em dezembro – havia expectativa de saldo de US$ 99,75 bilhões. As exportações cresceram 10,7%, enquanto as importações aumentaram 1%. As vendas ao exterior têm sustentado a expansão da economia chinesa em um cenário de crise imobiliária do país.
As bolsas asiáticas fecharam a primeira sessão da semana em queda: Xangai caiu 0,25%, Hang Seng registrou baixa de 1,00%, e Kospi perdeu 1,04%. Não houve negociação no mercado à vista japonês por conta de um feriado local.
Nos Estados Unidos, os indicadores futuros caíam às 8h13: S&P 500 perdia 0,88%, Nasdaq recuava 1,32%, e Dow Jones tinha leve queda de 0,44%.
O mercado ainda repercute o "payroll", que apontou criação de 256 mil postos de trabalho em dezembro, acima das 133 mil vagas esperadas. Com isso, a margem para redução dos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed) caiu, reduzindo, por consequência, o interesse de investidores por ativos de risco.
Às 8h08, as bolsas europeias operavam em baixa: CAC 40 (Paris) e Euro Stoxx 600 caíam 0,86%, FTSE 100 (Londres) desvalorizava 0,33%, e DAX (Frankfurt) recuava 0,84%.
No Brasil, o Relatório Focus, do Banco Central (BC), apontou que a mediana das projeções de economistas de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, passou de 4,99% para 5%. As estimativas para a taxa básica de juros e para a alta do Produto Interno Bruto (PIB), no fim de 2025, foram mantidas em 15% e 2,02%, respectivamente.
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou altas de 0,52% do IPCA, em dezembro, e de 4,83% no acumulado de 2024. O mercado projetava elevação de 4,84%. A meta do Banco Central para o indicador era de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. |