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As pessoas se entreolham atordoadas. Algumas tentam se levantar, mas cambaleiam. Tudo dói. Um zunido constante entra pelos ouvidos. Parece um alfinete espetado no cérebro. É como se uma bomba tivesse explodido no meio do mercado. A revelação feita pela DeepSeek de que é possível desenvolver um modelo de inteligência artificial de ponta sem gastar os tubos custou mais de US$ 1 trilhão ao mercado de ações dos Estados Unidos na segunda-feira. Sozinha, a ação da Nvidia representou mais da metade desse tombo. A fabricante de semicondutores caiu 17% ontem, viu evaporar quase US$ 600 milhões em valor de mercado e perdeu o posto de companhia mais valiosa do mundo. Até o bitcoin, que não tinha lá muito a ver com o assunto, entrou no balaio da aversão à tecnologia e perdeu temporariamente o suporte de US$ 100 mil. No rescaldo do impacto, até o CEO da OpenAI, Sam Altman, qualificou a façanha da DeepSeek como “impressionante”, chamou de “revigorante” o surgimento de um concorrente e prometeu novos lançamentos no ChatGPT. Aqui você entende como a DeepSeek abalou o mundo da inteligência artificial. Hoje, os investidores tentam se recuperar da explosão. Se há uma bolha, como afirmam alguns, ela ainda não estourou. Os ativos de risco esboçam uma recuperação parcial das perdas da véspera, mas novas ameaças norte-americanas de elevar tarifas dão força ao dólar na manhã desta terça-feira. Na contramão do resto do mundo, o Ibovespa fechou em alta de quase 2% ontem. Hoje, os investidores repercutem o relatório de produção da Petrobras. A estatal afirma ter cumprido a meta de produção de 2024, com direito a novos recordes no pré-sal. Enquanto isso, o mercado se prepara para o relatório de produção e vendas da Vale, esperado para depois do fechamento. Diante da agenda fraca de hoje, também ganha força a expectativa com a primeira Super Quarta dos bancos centrais de 2025. Enquanto o mercado antecipa uma pausa nos cortes de juros nos EUA, o Copom adiantou uma alta de 1 ponto porcentual na taxa Selic por aqui. O colunista Matheus Spiess explica o que coloca Brasil e Estados Unidos em rotas divergentes no campo da política monetária. |
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| | O que você precisa saber hoje |
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AÇÕES QUE GANHAM COM A SELIC |
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| | MAIS SOBRE O AUTOR Ricardo Gozzi É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil. COLABORAÇÃO Vinícius Barroso e Dani Alvarenga |
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