Levantamento Diversidade nas Empresas, parceria da Folha com a FGV, dá um panorama da diversidade de gênero e de raça em companhias de capital aberto de médio e grande porte no Brasil.
A newsletter sai em recesso de fim de ano e volta em 8 de janeiro. Boas festas e feliz 2025!
Fale comigo em barbara.blum@grupofolha.com.br
Bárbara Blum
Escreve sobre gênero no Todas e apresenta o podcast Modo de Viver. Foi editora-assistente da Ilustrada
Essa é uma das informações do especial Diversidade nas Empresas, estudo feito em parceria da Folha com a FGV (Fundação Getulio Vargas). Os dados vieram a partir de informações sobre gênero e raça declaradas à (Comissão de Valores Mobiliários) e analisou separadamente empresas de 100 a 4.999 colaboradores e acima de 5.000. Foram considerados dados de 2023 de média liderança, diretoria e conselhos fiscal e de administração.
Há áreas como a saúde que são dominadas pelas mulheres. Mas mesmo assim, elas ainda não estão tão presentes nas altas lideranças. Outros setores, alguns tipicamente masculino como o agro puxam o Centro-Oeste para o desafio de incluir mais mulheres. O Sudeste lidera como a região que concentra as empresas mais inclusivas.
A alta liderança se mostrou um desafio na inclusão. As mulheres até conseguem acessar diretorias, mas pretos, pardos e indígenas ainda encontram esse gargalo. Os conselhos de administração, por exemplo, estão mais femininos, mas continuam brancos. Os conselhos fiscais também vivem um cenário parecido em relação à inclusão racial.
O especial Diversidade nas Empresas conta com reportagens sobre as regiões, áreas e cargos.
Vale a leitura para pensar nos desafios para os grupos minoritários em 2025. Um deles, para começar a refletir, é que mulheres assertivas dizem ser vistas como líderes arrogantes. Será que as mesmas atitudes de um homem branco são vistas de forma diferente quando praticadas por mulheres ou negros, pardos e indígenas? Acompanhe em folha.com/diversidadenasempresas.
É o caso do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que criticou o anúncio da ampliação de serviços do SUS para pessoas trans. De 22, vai a 194 serviços e inclui a redução da idade mínima para os procedimentos cirurgicos como a mastectomia. De 21 anos, vai para 18, marco da maioridade no Brasil.
Publicidade
A gente costuma falar muito sobre como figuras como as princesas da Disney ou a boneca Barbie são problemáticas do ponto de vista estético, por estabelecerem padrões de beleza inalcançáveis para mulheres humanas. Mas uma questão que é novidade –e foi destrinchada em um periódico britânico– é a saúde das personagens encantadas de Walt Disney. Ninguém imagina que na cena romântica de baile na biblioteca da "Bela e a Fera", a mocinha corria risco de contrair alguma zoonose.