O Ibovespa caiu 1,0% em reais e permaneceu estável em dólares na semana passada, fechando aos 134.572 pontos.
A Vivara (VIVA3, +5,9%) ficou entre os principais destaques positivos , após elevação de recomendação por um banco de investimentos. No lado negativo, os destaques foram 3R e PRIO (RRRP3, -13,3%; PRIO3, -9,4%), impulsionados por uma queda significativa no preço do Brent (-9,2%), refletindo o aumento das preocupações em relação a demanda por petróleo devido a desaceleração econômica dos EUA e China, e problemas de produção.
No comparativo semanal , os juros futuros encerraram com fechamento relevante ao longo de toda a curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro 2026 e 2034 saiu de 19,30 pontos-base (bps) na sexta-feira passada para 2,50 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou perda de inclinação. As taxas de juro real tiveram queda, com os rendimentos das NTN-Bs (títulos públicos atrelados à inflação) se consolidando em patamares próximos a 6,15% a.a. DI jan/25 fechou em 10,92% (-7,2bps no comparativo semanal); DI jan/26 em 11,74% (-11,2bps); DI jan/27 em 11,7% (-22,9bps); DI jan/29 em 11,81% (-28,2bps); DI jan/34 em 11,76% (-28bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em alta (S&P 500: 0,8%; Nasdaq 100: 0,9%), após uma semana negativa. Nessa semana, são esperados dados de inflação ao consumidor e, na próxima semana, o Federal Reserve se reúne, e o mercado antecipa o início do ciclo de cortes. Na frente eleitoral, Donald Trump ultrapassou Kamala Harris nos mercados de apostas durante o fim de semana e assumiu a liderança em termos de probabilidade de vitória, à medida que crescem as expectativas pelo primeiro debate entre os candidatos após a substituição de Biden no partido democrata, que será realizado amanhã.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,7%), em semana de reunião do Banco Central Europeu, na qual espera-se um corte de juros. Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -1,2%; HSI: -1,4%), após inflação no país vir abaixo das expectativas e reforçar temores de crescimento aquém do esperado.
Economia
O relatório Nonfarm Payroll – que traz as estatísticas mais importantes do mercado de trabalho dos EUA – registrou criação líquida de 142 mil empregos em agosto, ligeiramente abaixo da previsão de mercado (165 mil). Por sua vez, os rendimentos médios por hora subiram 0,4% na comparação com julho, acima das expectativas (0,3%). Com isso, a taxa de variação acumulada em 12 meses aumentou de 3,63% para 3,83%. Prevemos desaceleração moderada à frente em meio a empresas relatando menores pressões para elevação de salários. A taxa de desemprego recuou de 4,3% para 4,2%, exatamente em linha com a mediana das estimativas. Os mercados permanecem divididos em relação à próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA): entre corte de 0,25 p.p. ou 0,50 p.p. na taxa básica de juros. Continuamos a projetar redução de 0,25 p.p. na semana que vem (18/09), embora reconheçamos que o cenário de 0,50 p.p. tem probabilidade razoável de ocorrência.
Na agenda internacional desta semana, destaque para os dados de inflação ao consumidor e ao produtor dos EUA referentes a agosto. Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) divulgará sua decisão de política monetária, com expectativa de segundo corte de juros no ciclo de afrouxamento monetário da Zona do Euro. Por fim, diversos indicadores de atividade econômica da China serão publicados. Entre eles, produção industrial, vendas no varejo, investimentos em ativos fixos, taxa de desemprego e preços residenciais – todos relativos ao mês passado. A propósito, o índice de preços ao consumidor da China registrou elevação anual de 0,6% em agosto, um pouco abaixo da expectativa de mercado de 0,7%. Já o índice de preços ao produtor recuou 1,8% no acumulado em 12 meses até agosto, um declínio mais forte do que apontava a mediana de projeções do mercado (-1,4%). Em suma, a demanda doméstica fraca e a contração do setor imobiliário continuam a exercer pressão baixista sobre os preços.
No Brasil, o IPCA de agosto terá protagonismo nesta semana. A expectativa é de desaceleração acentuada em relação ao mês anterior, sobretudo pelo recuo nos preços de energia elétrica e passagens aéreas, ao passo que os preços de combustíveis e mensalidades de cursos devem mostrar aceleração. Do lado da atividade econômica, haverá publicações importantes referentes a julho. O IBGE divulgará a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), enquanto o Banco Central publicará o IBC-Br, considerado uma proxy mensal do PIB.
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ECONOMIA: 1. Mercados permanecem divididos entre corte de 0,25 p.p. ou 0,50 p.p. na próxima decisão de política monetária do Fed EMPRESAS: 1. Ultrapar: Ultrapar reafirma seu compromisso com a alocação estratégica de capital 2. Principais notícias dos setores ESTRATÉGIA: 1. Keeping up with the Rates: Entrando em um novo ciclo de alta de juros RENDA FIXA: 1. De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa 2. S&P Global eleva rating da Rede D’Or para ‘BB+’; Perspectiva Estável 3. Taesa tem perspectiva elevada para ‘Estável’ pela Moody’s Local 4. Tudo sobre Renda Fixa no mês (e o que esperar) 5. Análise (Crédito): Braskem ESG: 1. Volume de emissões de créditos de carbono cai 39% no 1° semestre de 2024 vs. 2022, diz Systemica | Café com ESG, 09/09 2. China em foco: consolidando sua posição como líder global em renováveis| Brunch com ESG
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